quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Acrílica e areia sobre tela - 100 cm x 120 cm - Wagner de Miranda - 2007


Acrílica e areia sobre tela - 100 cm x 120 cm - Wagner de Miranda - 2007


Bom, o trabalho artístico prevê um receptor. Para quê uma obra que não será comunicada? A relação comunicativa criador-obra-receptor está no próprio cerne da ação da criação. É interessante notar que o receptor pode alterar rumos artísticos de maneira efetiva. Podemos pensar em necessidade de mercado a respeito disso, ou em determinadas atitudes do artista diante da leitura de sua obra pelo receptor. Por exemplo, um ator que muda sua postura em cena diante da análise da reação do público. Mas uma coisa a se pensar é que a obra também é, de certa forma, construída com o contato com o público. Algumas trazem em seu processo poético essa premissa, como é o caso de algumas obras que podem ser devoradas e/ou manipuladas ou de work-in-progress. Além disso, penso na literatura onde acho que isso está muito explícito. A construção de uma obra literária se dá sem intermediação entre o criador e o leitor. A obra só se constrói com a promoção do contato entre o universo do autor e o universo do leitor. Esse encontro gera a obra.

Um comentário:

Renata Cogui disse...

Olá meu amigo, ótimo post, concordo plenamente...
Não engulo muito obras que ignoram essa premissa.
Grande abraço e um 2010 de muito sucesso!!!