"Desculpe, mas se morre. Mas há a vida que é para ser intensamente vivida. Há o amor, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata".
domingo, 11 de abril de 2010
"Desculpe, mas se morre. Mas há a vida que é para ser intensamente vivida. Há o amor, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata".
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Bom, o trabalho artístico prevê um receptor. Para quê uma obra que não será comunicada? A relação comunicativa criador-obra-receptor está no próprio cerne da ação da criação. É interessante notar que o receptor pode alterar rumos artísticos de maneira efetiva. Podemos pensar em necessidade de mercado a respeito disso, ou em determinadas atitudes do artista diante da leitura de sua obra pelo receptor. Por exemplo, um ator que muda sua postura em cena diante da análise da reação do público. Mas uma coisa a se pensar é que a obra também é, de certa forma, construída com o contato com o público. Algumas trazem em seu processo poético essa premissa, como é o caso de algumas obras que podem ser devoradas e/ou manipuladas ou de work-in-progress. Além disso, penso na literatura onde acho que isso está muito explícito. A construção de uma obra literária se dá sem intermediação entre o criador e o leitor. A obra só se constrói com a promoção do contato entre o universo do autor e o universo do leitor. Esse encontro gera a obra.
sábado, 12 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
O artista se relaciona com o tempo de forma diferente do tempo cotidiano frente ao seu processo criador. O tempo torna-se relativo, porém determinante, redimensionando o fazer artístico. O tempo age como um elemento maturador do processo de elaboração do objeto de arte, acrescentando a ele camadas de entendimento e significados. Isso pode ser sofrido às vezes por não sabermos, dentro desse espaço temporal, onde encontraremos as chaves para a materialização da obra. O tempo é o grande sintetizador do trajeto criativo. Mas ele também é inexorável e mete medo. Passa rápido demais em alguns momentos e em outros se alonga demais. E se as chaves não se revelarem nunca? Isso é a vida?
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
A fragilidade do que origina a obra de arte. Posso chamar de estado pré-criativo? Posso falar assim? Posso. Eu posso falar por mim. Esse estado não é propício à criação, mas é importantíssimo para que ela se dê. Penso que esse encrespamento, como diz Fayga Ostrower, é o momento/ato mesmo da fertilização que gera a obra. Todo cuidado é pouco. Pode ser uma imagem, notícia ou acontecimento. Sempre é forte, sempre é frágil.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Quizás - 100 cm x 150 cm - 2009 - Acrilica e douração sobre tela - Wagner de Miranda - 2009
Dentro
A desorganização caótica necessária e inevitável como ponto de partida para se gerar uma obra. Do Caos à tentativa de organização ou satisfação, mesmo que transitória, existe um trajeto feito de escolhas e
opções. O artista deseja que o objeto de arte se organize. Aqui começo a pensar em fórmulas da Física. O Big Bang, Einstein e teorias quânticas. O universo que se move vasto e tudo que se move de minúsculo dentro de nós. E o caminho que se faz entre o que o olho, a cabeça e o coração não abrangem de tão grande e o que o olho, a cabeça e o coração não abrangem de tão pequeno. Tudo isso dentro de nós.
Sonho
O que nos leva a criar e de onde vem a necessidade de materialização dessa idéia/sentimento/sonho? Variadas reflexões de artistas falam sobre a origem de seus atos criadores. A criação está ligada a uma espécie de insatisfação – impossibilidade? - de se chegar a algum resultado na obra que o aproxime demais de sua idéia/sentimento/sonho
Se a aproximação da idéia/sentimento/sonho se dá, contraditoriamente, precisamos de outra idéia/sentimento/sonho. Mas essa insatisfação é o moto-contínuo da arte, é o “sonhar sonhos novos”. Shakespeare dizia que nós, todos nós, somos feitos da mesma matéria dos sonhos. Será por isso? Precisamos sonhar sonhos novos, criar, porque assim tocamos em nossa matéria primeva? Será isso?
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Detalhes de "Sudário 1" objeto criado em 2006
Tríptico amarelo - 100 cm x 300 cm - Wagner de Miranda - 2007
Acrílica e areia sobre tela
Acaso
A vida é assim: cheia de acidentes e acasos, cheia de som e fúria. Um artista que pretende construir um objeto que emane vida recebe o acaso como parte intrínseca de sua criação. A atenção do olhar e da sensibilidade do artista está sempre voltada para o mundo se ele pretende elaborar um objeto para o mundo. Então tudo no mundo é transformado no sentido dessa elaboração. Por outro lado fico encantado com a possibilidade do artista que espera o inesperado. É quase como esperar todos os dias na plataforma de uma estação que um grande amor, que você não conhece ainda, desça do trem das 10:35 e te surpreenda com um beijo. Isso é uma postagem ainda? A frase anterior foi obra do acaso.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
So in Love - Acrílica, douração e colagem sobre tela -150 x 100cm - Wagner de Miranda - 2009
Esse trabalho foi feito ao som de Cole Porter. Foi por acaso, mas no fim, quando olhei, tinha mesmo um clima "So in Love". Além disso fiquei durante meses pensando em perfis, em moedas que via na infância, em trabalhos do Picasso. Mas pensava muito nas tais moedas. Como são particulares essas escolhas. No fim, temos a musica de Porter, as moedas da infância e a internet.